09 março 2011

Temos algo a aprender com o Carnaval?





Seria lícito tomar o desfile do Carnaval como analogia de nossa caminhada cristã? Certamente, a maioria dirá que não. Afinal de contas, o Carnaval é a festa pagã por excelência, onde, além de toda promiscuidade, entidades pagãs são homenageadas.

Eu poderia gastar muitas linhas tecendo críticas justas a esta festa em que tantas famílias são desfeitas, e inúmeras vidas destruídas. Porém hoje, quero pegar a contramão.

Por que será que os cristãos sempre enfatizam os aspectos ruins de qualquer manifestação cultural?

Se vivêssemos nos tempos primitivos da igreja cristã, como reagiríamos ao fato de Paulo tomar as Olimpíadas como analogia da trajetória cristã neste mundo?

Ora, os jogos olímpicos celebravam os deuses do Olimpo. Portanto, era uma festa idólatra. Os atletas competiam nus. Sem contar as orgias que se seguiam às competições. Sinceramente, não saberia dizer qual seria pior, as Olimpíadas ou o Carnaval.

Porém Paulo soube enxergar alguma beleza por trás daquela manifestação cultural. A disposição dos atletas, além do seu preparo e empenho, foram destacados pelo apóstolo como virtudes a serem cultivadas pelos seguidores de Cristo.

E quanto ao Carnaval? Haveria nele alguma beleza, alguma virtude que pudesse ser destacada do meio de tanta licenciosidade? Acredito que sim.

Embora jamais tenha participado, talvez por ter nascido em berço evangélico tradicional, posso enxergar alguma ordem no meio do caos carnavalesco.

Destaco a criatividade dos foliões, principalmente dos carnavalescos na composição das fantasias, dos carros alegóricos, do samba-enredo. Eles buscam a perfeição. Diz-se que o desfile do ano seguinte começa a ser preparado quando termina o Carnaval. É, de fato, um trabalho árduo que demanda muito empenho.

Se houvesse por parte de muitos cristãos uma parcela da dedicação encontrada nos barracões de Escolas de Samba, faríamos um trabalho muito mais elaborado para Deus. Buscaríamos a excelência, em vez de nos contentar com tanta mediocridade.

O desfile começa com a concentração. É ali que é dado o grito de guerra da Escola, seguido pelo aquecimento dos tamborins.

A concentração equivale à congregação. Nosso lugar de culto (comumente chamado de “templo” ou “igreja”) é onde nos concentramos e aquecemos nosso espírito. Porém, a obra acontece lá fora, “na avenida” do mundo.

Gosto quando Paulo fala que somos conduzidos por Cristo em Seu desfile triunfal. O apóstolo compara a marcha cristã pelo mundo às paradas triunfais promovidas pelo império romano. Era um espetáculo cruento, no qual os presos eram expostos publicamente, acorrentados arrastados pelas ruas da cidade. Era assim que Roma exibia sua supremacia, e impunha seu poder. Paulo toma emprestada a figura deste majestoso e horroroso evento para afirmar que Cristo está nos exibindo ao Mundo como aqueles que foram conquistados por Seu amor.

Muitos cristãos acreditam ingenuamente que a guerra se dá na concentração. Por isso, a igreja atual é tão em-si-mesmada, isto é, voltada para dentro de si. Ela passou a ser um fim em si mesmo.

A avenida nos espera!

À frente vai a comissão de frente, seguida pelo carro alegórico abre-alas. Compete aos componentes dessa comissão a primeira impressão.

A comissão de frente da igreja de Cristo é formada pelos que nos precederam, que abriram caminho para as novas gerações. Não podemos permitir que caiam no esquecimento. Também são os missionários, que deixam sua pátria para abrir caminho em outros rincões. Grande é sua responsabilidade, e alto é o preço que se dispõem a pagar para que o Evangelho de Cristo chegue à populações ainda não alcançadas. Paulo fazia parte da comissão de frente da igreja primitiva. Chegamos a esta conclusão quando lemos o que escreveu aos coríntios: “Para anunciar o evangelho nos lugares que estão além de vós, e não em campo de outrem” (2 Co.10:16). Ele preferia pescar em alto mar, e não aquário dos outros.

A Escola de Samba é dividida em alas, cada uma com fantasias e carro alegórico próprios. Porém, o samba-enredo é o mesmo. O que é cantado lá na frente, é sincronicamente cantado na última ala da Escola. A voz do puxador do samba, bem como a batida harmoniosa da bateria, ecoando por toda a avenida, garantem esta sincronia. Não pode haver espaços vazios entre as alas. Há harmonia até nas cores das fantasias. Ninguém entra na avenida vestido como quiser. Imagine se as variadas denominações que compõem o Corpo Místico de Cristo se relacionassem da mesma maneira, respeitando cada uma o espaço da outra, porém dentro de uma evolução harmoniosa. No meio do desfile encontramos o casal de porta-bandeira. Eles exibem orgulhosamente o pavilhão da Escola. Seus gestos e passos são cuidadosamente combinados, para que a bandeira receba as honras devidas.

É triste verificar o quanto a bandeira do Evangelho tem sido chacoalhada, pois os que a deveriam ostentar, são os primeiros a desonrá-la com seu mal testemunho.

Os cristãos primitivos se dispunham a pagar com a própria vida para que seu testemunho de fé fosse validado e o nome de Cristo fosse honrado.

Ao término do desfile chega o momento da dispersão. É hora de partir, levando a certeza de que todos deram o melhor de si. Alguns saem machucados, com os pés sangrando, com as forças exauridas. Mas todos saem alegres, esperançosos de que sua escola seja a campeã. Aprenderam a sublimar a dor enquanto desfilam. Ignoram o cansaço. Vencem os limites do seu corpo. Tudo pela alegria de ver sua escola se sagrando campeã. Mas no fim, chega a hora de tirar a fantasia, descer dos carros alegóricos, cuidar das feridas nos pés. Mesmo assim, ninguém reclama.

Todos estamos a caminho do fim do desfile. O momento da dispersão está chegando, quando deixaremos este corpo, nossa fantasia, e seremos saudados pela Eternidade. Que diremos nesta hora? Não haverá novos desfiles. Terá chegado o fim de nossa trajetória? Não! Será apenas o começo de uma nova fase existencial. Deixaremos nossas fantasias, para nos revestirmos de novas vestes celestiais. Falaremos como Paulo em sua carta de despedida a Timóteo:

“...o tempo da minha partida está próximo. Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda” (2 Tm.4:6b-8).

Aproveitemos os instantes em que estamos na avenida desta vida, celebremos a verdadeira alegria, infelizmente ainda desconhecida por muitos foliões, e que não terminará em cinzas.

Recebendo novos membros na equipe de louvor

Qual é o principal requisito para incluir alguém em minha equipe de louvor? Como devo proceder para convidar alguém para fazer parte de minha equipe de louvor? E se a pessoa não estiver musicalmente pronta para a tarefa?

Constantemente nos deparamos com essas e outras perguntas em nossos seminários de treinamento. Essas são dúvidas comuns aos nossos líderes de equipes de louvor. Quem nunca teve que lidar com uma pessoa musicalmente despreparada ou um grande músico de caráter duvidoso?
A verdade é que preferimos, às vezes, abaixar o volume do microfone de uma pessoa que desafina muito a ter que dizer não a ela quando ela nos diz: “Irmão, eu tenho um chamado para louvor. Deus já me falou isso. Você pode me incluir na escala?”

Ou então preferimos suportar as falhas de caráter de alguém simplesmente porque precisamos muito de seu talento.
Vamos colocar dessa maneira: Para fazer parte de uma equipe de louvor, a primeira coisa que a pessoa precisa é talento musical. Isso não quer dizer que o caráter não é importante. Mas nosso trabalho é essencialmente musical. Existem diversas outras tarefas na igreja que uma pessoa de bom caráter e nenhum talento musical pode realizar. Se incluirmos essa pessoa no ministério de louvor, podemos  estar privando-a de fazer parte daquilo que Deus realmente a criou para fazer.
Fato é que a equipe de louvor é “desejada” por sua exposição na principal reunião da maioria das igrejas – o culto de domingo. Por isso devemos estar atentos.
Um experiente líder de louvor e amigo meu uma vez me disse: “Fabiano, tenha cuidado em incluir pessoas em sua equipe, pois é muito fácil colocar, mas incomparavelmente mais difícil tirar”. Com o tempo descobri que ele tinha razão.
Seguem então algumas dicas para ajudá-lo nesse processo. Elas não garantem 100% de acerto. Eu mesmo já me arrependi por ter trazido algumas pessoas para minha equipe. Contudo, aos poucos, vamos ganhando discernimento no Senhor para essa tarefa tão difícil, porém tão importante.
ANTES DE TUDO, CERTIFIQUE-SE DE QUE O CANDIDATO ESTEJA SENDO PASTOREADO
Em nossa comunidade, o pastoreamento costuma acontecer no contexto do que chamamos de grupos caseiros (pequenos grupos de discipulado e comunhão). Talvez você não tenha informações suficientes sobre a vida do “candidato”, mas o líder dele pode  ajudar com isso. Então use esse recurso. Se essa pessoa não está engajada em um processo de discipulado e pastoreamento em sua igreja, meu conselho é que você não assuma o risco sem que antes saiba algumas questões importantes sobre ela como: desejo de servir, capacidade de trabalho em grupo, submissão à liderança, coração para adoração etc.
FAÇA UMA AUDIÇÃO MUSICAL
Se o candidato já canta ou toca em algum outro contexto, vá ouvi-lo e vê-lo em ação. Se não, marque uma audição com ele. Você pode ter um músico experiente ao seu lado para ajudá-lo. Ouça a pessoa com carinho e atenção. A partir dessa audição, você pode lhe dar três respostas diferentes: “Você está pronto”, “você tem talento, mas precisa estudar mais” ou “acho que música não é a sua aptidão”. Sei que isso é delicado. Dependendo da resposta, o “candidato” pode ficar muito triste com você. É possível que algumas pessoas passem a sentir raiva de você. Simplesmente faça sua parte, tratando do assunto com a maior demonstração de  carinho e amor possível. E entregue o resto a Deus. Esteja tranquilo sobre o fato de que você irá ser muito mais útil ao “candidato” se for sincero com ele. Incluir uma pessoa musicalmente despreparada pode se tornar uma situação constrangedora para sua equipe, para a igreja e, o pior, pode expor o “candidato” a situações desconfortáveis  por causa das suas limitações.
INCLUA DE ACORDO COM A NECESSIDADE DA EQUIPE
Para que você não tenha dificuldade em organizar suas escalas, inclua pessoas apenas nos lugares onde você está precisando. Cuidado para não desequilibrar sua equipe, por exemplo, com um número muito grande de cantoras em relação aos cantores e músicos. Tenha em mente quantas vagas você tem para cada área (baterista, baixista, guitarrista, vocal masculino, vocal feminino etc.) e trabalhe dessa maneira.
PREPARE A SUA EQUIPE PARA RECEBER NOVOS MEMBROS
Cuide para que a logística de funcionamento da equipe não funcione apenas para músicos extremamente experientes porque, se agir assim, você nunca terá lugar para novos.
Há alguns anos tínhamos uma equipe pequena, mas formada por músicos experientes. Uma banda de adolescentes nasceu no meio da igreja e logo me vi diante do desafio de trazê-los para nossa equipe. Porém a estrutura era desapropriada para receber novos membros. Um exemplo disso era o repertório, formado por um número imenso de músicas e, muitas delas, muito antigas. Os “meninos” teriam muita dificuldade em assimilar todo aquele repertório. Minha decisão foi reduzi-lo. Junto com os outros ministros de louvor da igreja, diminuí consideravelmente nosso repertório, e assim o tornei mais acessível aos novatos. Essa e outras medidas podem ser tomadas para tornar sua equipe acessível. Outra medida que tomamos foi a de pedir para que os ministros de louvor enviassem a lista de músicas a serem executadas no culto pelo menos com três dias de antecedência.  Essa medida também facilitou para os novos. Com isso eles tinham mais tempo para se preparar.
Concluindo, gostaria de encorajá-lo a ser um líder inclusivo. Essa é uma tarefa desafiadora, talvez a mais difícil para um líder de louvor, mas extremamente necessária e recompensadora. Esteja atento, pois Deus estará levantando pessoas especiais a sua volta o tempo todo. É preciso reconhecer isso e ser suporte para o que Deus quer fazer através de outros.
Deus o abençoe.
Texto: Fabiano Alves
Fonte: Vineyard
Post: Adonias

Entre Blocos e Retiros



Uma parábola sobre o papel da igreja durante o Carnaval

Epêneto era o presbítero responsável pela igreja em Roma, desde que Priscila e Áquila tiveram que deixar a cidade em busca de novos campos missionários. Epêneto foi um dos primeiros a se converterem através do trabalho realizado por Paulo nessa cidade.

Aquela igreja era muito ativa, sempre aberta a acolher as pessoas. Quando havia algum cataclismo, fome ou guerra, os cristãos se mobilizavam para socorrer as vítimas. Por causa de seu envolvimento com a dor humana, ganhou a simpatia de todos, inclusive de funcionários do palácio de César.

Num belo dia, ouviu-se o clangor do clarim. Todos se reuniram para ouvir o que o mensageiro do império tinha para anunciar. Em duas semanas, o exército romano estaria chegando de uma campanha militar bem-sucedida. O próprio César o receberia com uma Parada Triunfal, que seria seguida de um feriado prolongado dedicado aos deuses Marte e Saturno, também conhecidos como Apolo e Baco, divindades da guerra e do vinho, respectivamente. Seria uma grande festa, regada a bebidas alcoólicas e todo tipo de luxúria. A população sairia às ruas para assistir ao desfile das tropas romanas, dando-lhes boas-vindas, e assistiriam à execução de milhares de prisioneiros. Ninguém trabalharia naqueles dias.

Epêneto ficou preocupado com a notícia. Qual deveria ser o papel da igreja durante essa festa pagã? Ainda inexperiente como líder, reuniu alguns dos mais antigos membros da igreja para discutir o que fazer.

Um deles, chamado Narciso, pediu a palavra e deu sua sugestão:

- Amados no Senhor, por que não aproveitamos o ensejo para promover um desfile paralelo, onde demonstraremos ao mundo a nossa força, revelando a todos nossa lealdade ao Rei dos reis, Jesus Cristo? Podemos até copiar algumas de suas canções, adaptando-as à nossa fé. Em vez de exibirmos prisioneiros, exibiremos testemunhos daqueles que foram salvos. Vamos montar nosso próprio bloco, quer dizer, nossa própria parada triunfal. Pode ser uma grande oportunidade evangelística.

Epêneto, depois de algum tempo pensativo, respondeu: Caro Narciso, a idéia parece muito boa. Porém, quem ouviria nossa voz durante os momentos de folia? Nosso modesto bloco se perderia no meio de toda aquela devassidão. Ademais, a maioria das pessoas estará embriagada, incapaz de entender nossa mensagem. Também não estamos preocupados em dar uma demonstração de força. Jesus disse que nosso papel no mundo seria semelhante à de uma pitada de fermento, que de maneira discreta, sem chamar a atenção para si, vai levedando aos poucos toda a massa. Por isso, acho que sua idéia não é pertinente. Quem sabe em gerações futuras, haja quem a aproveite?

Levantou-se então Andrônico, que gozava de muito prestígio por ser parente de Paulo, e sugeriu:

- Amados, durante o Desfile Triunfal e as Saturnais, a situação espiritual da cidade ficará insuportável. Divindades pagãs serão invocadas, orgias serão promovidas em lugares públicos à luz do dia. Não convém que estejamos aqui durante essa festa da carne. A melhor coisa a fazer é nos retirarmos, buscarmos um refúgio fora da cidade, e aproveitamos esse tempo para nos congratularmos, sem nos expormos desnecessariamente às tentações da carne.

Todos acenaram com a cabeça, demonstrando terem gostado da idéia. Já que seria mesmo feriado, ninguém precisaria trabalhar. Um retiro parecia a melhor sugestão.

O velho presbítero ficou um tempo em silêncio, meditando. Todos estavam atônitos esperando sua palavra, quando mansamente respondeu:

- Irmãos, não nos esqueçamos de que somos o sal da terra e a luz do mundo. Se no momento de maior trevas nos retirarmos, o que será desta cidade? Por que a entregaríamos ao controle das hostes espirituais das trevas? Definitivamente, nosso lugar é aqui. Não Precisamos de exposição, como sugeriu nosso irmão Narciso, nem de fazer oposição à festa, retirando-nos da cidade, como sugeriu Andrônico. O que precisamos é estar à disposição para acolher aos necessitados, às vítimas da violência, aos desassistidos, aos marginalizados. 

A propósito, não temos estado sempre disponíveis para atender as pessoas durante as tragédias que tem abatido o império? E o que seriam tais desfiles, senão tragédias morais e espirituais? Saiamos às ruas, mesmo sem participar da folia, e estendamo-los as mãos, em vez de apontar-lhes o dedo, oferecendo compaixão em vez de acusação, amor em vez de apatia. Que as casas que usamos para nos reunir estejam de portas abertas para receber quem quer que seja, e assim, revelaremos ao mundo Aquele a quem amamos e servimos. Afinal, o reino de Deus se manifesta sem alarde, sem confetes, sem barulho, mas perturbadoramente discreto.

Depois dessas sábias palavras, ninguém mais se atreveu a dar qualquer outra sugestão.


* Esta é apenas uma parábola que elaboramos para emitir nossa humilde opinião acerca do papel da igreja durante o período carnavalesco. 

O amor que se Compromete

Hebreus-10.0-24:25


Encerramos hoje a série de reflexões sobre uma vida em aliança ou, em outras palavras, uma vida de amor. 


Vida em aliança é baseada nos pactos que fazemos quando da participação em células. Foram eles: amor incondicional (amor incondicional); amor exigente (honestidade); amor terapêutico (transparência); amor que intercede (oração); amor que se importa (sensibilidade e disponibilidade); amor que protege (confiabilidade); amor que se compromete (assiduidade e prestação de contas). 

A sociedade que não quer compromisso. Não me comprometa! Pessoas não querem se casar. Políticos sem compromisso com os que os elegeram. Até os jogadores de futebol não amam a camisa que vestem, inclusive os da seleção brasileira. Isto é o inverso do que prega o evangelho. É o oposto, contramão. 
Vivemos a contracultura do evangelho.
O texto acima nos indica uma forma de vida em comunidade de verdadeiro interesse e comprometimento um com o outro. 

Neste assunto, corremos o risco de sermos muito teóricos e pouco práticos. 
A natureza dependente do ser humano (ex.: bebê)
Deus quer o comprometimento com o seu povo. Somos dependentes uns dos outros. Precisamos de cuidado! E isto precisa ser um com o outro.
Fomos projetados para sermos uma comunidade, para vivermos em comunidade. A Trindade é uma comunidade. Jesus diz em João 14.23: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada”. 
Somos cristãos e o cristianismo não é uma religião, são relacionamentos.
A pergunta que surge é: quando verdadeiramente estamos vivendo esse amor que se compromete? 

1 – QUANDO TEMOS CONSIDERAÇÃO UNS PELOS OUTROS

V 24 “Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras”.
A expressão do texto traduzida por “consideremos” ou “pensemos” implica em uma intencional atenção, foco e concentração no outro. 
Considerar = concentração no outro.
Estimular = incitar, provocar o outro intencionalmente ao amor e boas obras
Tradução livre “Concentre-se no outro para atrevidamente provocá-lo ao amor e às boas obras.”
Comece a pensar em como pode ajudar alguém e verá como seu amor aumentará.

O alvo proposto é nos incentivarmos e estimularmos ao amor e às boas obras. Servos do Senhor sempre agiram em elevada consideração aos outros. 
Alguns exemplos na Bíblia:
Jesus intercedia (João 17) para que seus discípulos e sua igreja cumprissem a missão.
Paulo sofria dores de parto até que Cristo fosse formado em seus discípulos. Em Gálatas 4.19 diz: “meus filhos, por quem, de novo, sofro as dores de parto, até ser Cristo formado em vós”.
Pedro encorajava para que fossem fortes na caminhada. Em 1 Pedro 5.12 diz: “Por meio de Silvano, que para vós outros é fiel irmão, como também o considero, vos escrevo resumidamente, exortando e testificando, de novo, que esta é a genuína graça de Deus; nela estai firmes”.
João se alegrava em receber notícias de seus filhos na fé e percebia o amor sendo vivenciado um pelo outro. É o que diz em 3João 4: “Não tenho maior alegria do que esta, a de ouvir que meus filhos andam na verdade”.

Hoje somos desafiados a desenvolver nossa afeição, respeito e estima pelo outro. 
Alguns exemplos nos dias de hoje:
Desafiando discípulos ao discipulado. 
Hospedando irmãos em viagem. 
Vivemos o amor que se compromete:
Quando temos considerações uns pelos outros.

2 – QUANDO NOS REUNIMOS COM OS OUTROS 

V 25a. Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns.
A orientação do autor é expressa, pois alguns estavam faltando muito nas reuniões. 
A presença é uma condição fundamental para qualquer relacionamento e os relacionamentos são os meios que Deus se utiliza para o desenvolvimento de nossa espiritualidade. 
Mais que isso, Deus sempre se manifestou de maneira especial nas reuniões do seu povo. 
Alguns exemplos na Bíblia:
Em alguns relatos do livro de Atos aprendemos que, quando nos reunimos têm unção (2.1-2), oração fervorosa (4.23-31), ensino e operação de maravilhas (20.6-12), libertação (16.16-18), e muito mais.

Afinal, quando nos reunimos Cristo mesmo está em nosso meio: (Mateus 18.20) “Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles” (Mateus 18.20), e o Espírito Santo distribui seus dons: “Que fazer, pois, irmãos? Quando vos reunis, um tem salmo, outro, doutrina, este traz revelação, aquele, outra língua, e ainda outro, interpretação. Seja tudo feito para edificação” (1 Coríntios 14.26). 

Seja assíduo e estimule outros a não perder as reuniões das células e os cultos dominicais.
Alguns exemplos nos dias de hoje:
Às vezes estamos tão desanimados que não queremos vir a igreja. Arrumamos muitas desculpas.
Vivemos o amor que se compromete…
Quando temos considerações uns pelos outros.
Quando nos reunimos com os outros.

3-QUANDO PRESTAMOS CONTAS UNS AOS OUTROS

V 25b” … antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima”.
Ao estarmos ligados em pensamento e em comunhão, nos será natural avisarmos e sermos avisados das incorreções do modo de pensar e agir um do outro. 
Nos submeter aos irmãos em Cristo para sermos confrontados, corrigidos e aconselhados no que for preciso para uma vida cristã madura e frutífera.

A prestação de contas nos protege!
Deve ser feita até o Dia do Senhor.
Alguns exemplos na Bíblia: Quando prestamos contas uns aos outros:
trazemos a palavra de Deus (1 Coríntios 14.3), “Mas o que profetiza fala aos homens, edificando, exortando e consolando”,
consolamos (1 Tessalonicenses 4.18) “Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras …”
exortamos (1 Tessalonicenses 5.11) “Consolai-vos, pois, uns aos outros e edificai-vos reciprocamente, como também estais fazendo”.
encorajamos (Hebreus 3.13) “pelo contrário, exortai-vos mutuamente cada dia, durante o tempo que se chama Hoje, a fim de que nenhum de vós seja endurecido pelo engano do pecado”,
vivemos a verdade em amor (Efésios 4.13 “até que todos cheguemos á unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo”. 
Alguns exemplos nos dias de hoje:

No ambiente da família acontece naturalmente prestação de contas entre o casal e com os filhos. 
No ambiente da célula: No caso de precisar faltar é necessário que o líder seja avisado.
No ambiente do discipulado: Abrimos o coração um com o outro para saber como está a vida com Deus. 
Mesmo exigindo muita maturidade espiritual, a prestação de contas sempre trará grandes benefícios aos envolvidos. 
Vamos nos submeter aos irmãos em Cristo para sermos confrontados, corrigidos e aconselhados no que for preciso para uma vida cristã madura e frutífera.

Conclusão:
Em meio a uma geração que não quer se comprometer com nada e com ninguém, vamos viver o amor que Jesus viveu e ensinou. O amor de Cristo foi e é altamente comprometido com todos nós. Vamos agradecê-lo e seguir seus passos.
Comprometer-se não é fácil, mas faz parte do projeto de Deus para nós. Vamos viver o amor que se compromete considerando o outro, nos reunindo regularmente e prestando conta um ao outro.

Texto:
 
Sermões -  por Equipe Sermão
Post: Adonias

08 março 2011

Você conhece o valor de uma mulher? Homenagem ao Dia da Mulher!!!

Algumas questões são reservadas quase que exclusivamente à ótica feminina, salvo raras exceções.


Quando vejo as mulheres da Bíblia ocupando posições estratégicas de influência e de liderança, sendo colocadas meticulosamente no lugar certo e na hora oportuna, percebo como DEUS valorizou a mulher em todos os tempos. Percebo a maneira maravilhosa como DEUS a vestiu de força e de dignidade, e lhe investiu de autoridade diante de diversas situações conciliando obediência e submissão.

Deus, em seu gracioso plano de salvação, envolveu mulheres das mais variadas classes, em suas mais variadas ocupações, numa época em que pouco ou nenhum valor se dava às mulheres, e assegurou que seus nomes e seus feitos ficassem registrados como testemunho para as próximas gerações.

“Anas”, inseridas no contexto eclesiástico, vivendo em suas angústias... mas exercitando sua fé.
“Déboras”, que assumem posições de liderança e tomam atitudes capazes de mudar a vida de muitas pessoas.
“Dorcas”,  envolvidas em sua sociedade, colaborando com seus ofícios.
“Esters”, tecendo um pano de fundo político, salvando vidas.
“Rutes”, prezando pelos valores da família.
“Saras”, chamadas para crer em milagres.
“Martas”, prontas para servir.
“Marias”, prontas para ouvir.

Mulheres, muralhas, auxiliadoras, mães, profetizas, rainhas. Mulheres jovens, outras não tão jovens. Mulheres sofredoras, estéreis. Mulheres sábias, Mulheres simples. Mulheres importantes, Mulheres que não tiveram seus nomes revelados. Mulheres amigas, formosas. Mulheres prontas à ofertar suas últimas moedas... seu mais caro perfume... sempre o melhor aroma. Algumas tiveram o privilégio de serem contadas com os discípulos. Algumas puderam testemunhar a maravilhosa visão do túmulo vazio.
Mulheres de ontem e de hoje... Envolvidas com a obra do SENHOR, Mulheres realmente comprometidas com o SENHOR da obra.
O valor de uma mulher excede em muito, o valor de jóias preciosas.

Joelma Rocha